COREIA DO NORTE -Como os EUA devem lidar com a ameaça de Kim Jong-un?

A dissuasão e a repressão continuam a ser as melhores opções (Foto: Flickr)

O míssil balístico intercontinental (ICBM) que a Coreia do Norte testou com sucesso em 4 de julho tinha um alcance de cerca de 6.700 km. Esse míssil de longo alcance atingiria a cidade de Anchorage, no Alasca, bem como bases dos Estados Unidos na ilha de Guam, na Oceania, no Japão e na Coreia do Sul. Mas a Coreia do Norte ainda não desenvolveu a tecnologia para proteger uma ogiva nuclear no retorno de um míssil à atmosfera. Porém, o programa nuclear e balístico do regime de Kim Jong-un está progredindo com rapidez e representa uma ameaça aos EUA e ao mundo.

Quando Kim Jong-un se vangloriou que lançaria em breve um ICBM, no dia de Ano-Novo, Donald Trump retrucou: “Isso não acontecerá.” Porém, não era um blefe do líder norte-coreano. Os EUA tentaram envolver a China, o principal parceiro comercial da Coreia do Norte, em seu plano para pressionar Kim Jong-un a desistir do programa nuclear e balístico. Durante alguns meses, a China diminuiu o fluxo de mercadorias nas fronteiras dos dois países, sem resultado concreto como poder de intimidação. Como Trump admitiu há pouco tempo o envolvimento da China não funcionou como previsto.

Apesar da retórica beligerante de Trump, um ataque à Coreia do Norte é uma opção assustadora, que poderia desencadear uma guerra com graves consequências na península coreana. O passo mais cauteloso para conter as provocações do regime norte-coreano seria a interceptação dos mísseis durante os testes. Mas os EUA ainda não desenvolveram um sistema de defesa antimíssil capaz de destruir um míssil norte-coreano ao ser lançado.

As sanções econômicas prejudicariam o regime norte-coreano, embora Kim Jong-un não tenha escrúpulos em sacrificar seu povo. A única medida que poderia ameaçar a Coreia do Norte seria a interrupção do fornecimento de petróleo, mas a China já se recusou a cortá-lo.

A dissuasão e a repressão continuam a ser as melhores opções para garantir que Kim Jong-un não use seu arsenal nuclear. Mas essa tática só será eficaz se as ameaças dos Estados Unidos não forem apenas promessas, que Trump não é capaz de cumprir, como a de impedir o projeto da Coreia do Norte de desenvolver um ICBM.The Economist

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