ASSÉDIO SEXUAL

PSB vai ao Conselho de Ética contra deputado da tatuagem

Wladimir Costa é conhecido por ter tatuado o nome de Temer no ombro (Foto: Facebook)

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) vai protocolar esta semana uma ação contra o deputado federal Wladimir Costa (SD-PA) por quebra de decoro parlamentar. A acusação é referente ao assédio sexual do deputado à jornalista Basília Rodrigues, da rádio CBN. Wladimir Costa é conhecido por ter tatuado o nome do presidente Michel Temer no ombro direito.

O assédio ocorreu durante um jantar na noite de terça-feira, 1, véspera da votação da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Michel Temer na Câmara, na qual Costa votou pelo arquivamento da denúncia. Na presença de outros deputados, Basília Rodrigues perguntou a Costa se ele poderia mostrar a ela sua tatuagem. O objetivo era analisar se ela era definitiva ou temporária, feita com henna, como se suspeita.

A resposta do deputado constrangeu a jornalista. “Para você só (mostro) se for o corpo inteiro”, disse Costa. O assédio foi gravado por áudio e imagens de vídeo. O relato do episódio foi postado por Rodrigues em sua página do Facebook, em um texto intitulado “Um ensaio sobre a idiotice”. Nele, a jornalista pede mais respeito ao deputado. Entidades de jornalismo e colegas de profissão se solidarizaram com Rodrigues.

Não é a primeira vez que Costa gera controvérsia. Além de “deputado da tatuagem”, ele também é conhecido como “deputado do confete”. Isso porque, em 15 de abril de 2016, ele explodiu um rojão de confetes na tribuna da Câmara ao anunciar seu voto a favor do impeachment de Dilma Rousseff.

Dois meses depois, teve o mandato cassado pelo TRE-PA por irregularidades na prestação de contas da eleição de 2014. Segundo o TRE-PA, Costa fez uso de caixa 2 e omitiu o gasto de R$ 410 mil na prestação de contas de sua campanha eleitoral em 2014. Por se tratar de uma condenação em primeira instância, Costa ainda pode seguir exercendo mandato até que se esgotem todos os seus recursos.

O deputado também causou polêmica em uma sessão da Câmara do dia 19 de maio de 2016, quando era um dos integrantes da “tropa de choque” de Eduardo Cunha, apelido dados aos deputados empenhados a livrar Cunha da cassação de mandato no Conselho de Ética da Câmara. Na sessão, Costa protagonizou um bate-boca com o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que era a favor da cassação. A discussão foi uma estratégia dos aliados de Cunha para interromper a sessão. A polêmica gerada por Costa, no entanto, não foi a discussão acalorada, mas sim o fato de ele ter mudado de lado após perceber que a cassação do mandato de Cunha era inevitável.Congresso em Foco

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