FRANÇA - Esposa de Macron não terá cargo oficial de primeira-dama

Brigitte e Emmanuel Macron durante evento de posse (Foto: Présidence de la République)

O presidente francês Emmanuel Macron tentou criar um cargo oficial de primeira-dama para sua esposa, Brigitte Macron. Ela, então, teria um novo orçamento separado do presidente. No entanto, uma petição online foi contra o projeto. Em duas semanas, mais de 275 mil pessoas assinaram o documento.

“No momento, Brigitte Macron já tem dois ou três assistentes assim como dois secretários e dois seguranças, e isso já é suficiente”, disse Thierry Paul Vallete, que está por trás da petição. Ele acha que essa decisão deve ser feita por um referendo e não por um decreto presidencial.

O governo francês, então, disse que Brigitte Macron não vai receber o título de primeira-dama nem ter seu próprio orçamento. Apesar do Palácio do Eliseu não ter feito nenhum anúncio oficial, as autoridades foram obrigadas a reagir depois da petição.

A questão ganhou destaque num momento em que parlamentares franceses estão para votar a proposta da “Lei da Moralidade”, que proíbe que eles empreguem suas esposas ou seus familiares.

Macron já enfrenta um desafio para aprovar a Lei da Moralidade. Essa proposta foi um dos pilares da campanha de Macron, mas precisa do voto de 289 deputados entre 577. Na última quinta-feira, 3, a votação foi adiada. Como muitos deputados já entraram em recesso, os membros do partido governista foram ordenados a estarem presente na próxima quarta-feira, 9, para a votação, antes da Assembleia Nacional entrar oficialmente de férias. No entanto, nem todos vão cumprir essa ordem.

“Não há muito objetivo em sentar com a maioria já que fomos ordenados a nos manter quietos. Passar um tempo sentado não falando nada não é minha ideia de vida parlamentar”, disse Jean-Michel Clément em entrevista à France Info. Ele, que é do partido governista, se recusa a voltar para Paris para votar.

“Se a votação atrasou foi por causa de um problema do En Marche! Nós podíamos esperar até a rentréé [volta do recesso] para votar, mas o governo quer ganhar manchetes como uma lei estúpida, no meio de agosto”, disse o deputado Jean-Christophe Lagarde, do partido Les Centristes.The Guardian

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