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A imunoterapia tem dado bons resultados no tratamento contra o câncer (Foto: Pixabay)
A indústria farmacêutica depende de seu portfólio de medicamentos para sobreviver. Quando as patentes lucrativas expiram as empresas precisam inventar novos medicamentos ou comprá-los de concorrentes. As duas opções são caras. Mas os custos do fracasso são ainda maiores, como no caso da empresa britânica AstraZeneca, que perdeu 15% do seu valor de mercado em um único dia na última semana de julho. As notícias de resultados decepcionantes em um teste clínico causaram a perda de £10 bilhões (US$13,2 bilhões) para a empresa.
O teste consistiu em verificar se a combinação de dois medicamentos, o Imfinzi e o Tremelimumab, um remédio experimental, seria eficaz no tratamento de um determinado tipo de câncer de pulmão. Os medicamentos pertencem a uma nova categoria de “inibidores do ponto de verificação imunológico” usados no tratamento de câncer que promove a estimulação do sistema imunológico. Medicamentos semelhantes são fabricados pela Bristol Myers Squibb (BMS), pela Merck e Roche.
A imunoterapia tem dado bons resultados no tratamento contra o câncer. Porém, os inibidores imunológicos e medicamentos imunoterápicos exigem testes clínicos caros para comprovar sua eficácia. Por esse motivo, as empresas farmacêuticas que competiram ferozmente durante anos começaram a criar parcerias.
No final de julho, a Merck comprou metade dos direitos de produção e comercialização do Lynparza, um inibidor de polimérase (PARP) fabricado pela AstraZeneca em um acordo no valor de US$8,5 bilhões. O inibidor PARP, indicado para o tratamento do câncer de ovário, será desenvolvido associado a inibidores do ponto de verificação imunológico fabricados por ambas as empresas. Em janeiro deste ano, a Merck também expandiu sua colaboração com a Eli Lilly para pesquisar como o medicamento Lartruvo atuava em conjunto com o Keytruda da Merck.
Se a cooperação entre as empresas funcionar como previsto, a indústria farmacêutica terá dado dois passos importantes para garantir um futuro mais produtivo. Primeiro, terá encontrado uma maneira de criar valor para seus acionistas além da opção cara e imprevisível das fusões e aquisições.Em segundo lugar, os empreendimentos em parceria podem gerar eficiência em um setor com uma produtividade em declínio.
A fabricação de produtos farmacêuticos envolve processos químicos e físicos extremamente complexos. As mudanças na legislação, por sua vez, têm um impacto direto na produção e exigem mais agilidade e eficiência dos profissionais do setor. Portanto, a cooperação entre as empresas é fundamental para enfrentar os desafios da indústria farmacêutica em um mundo cada vez mais globalizado.The Economist
A indústria farmacêutica depende de seu portfólio de medicamentos para sobreviver. Quando as patentes lucrativas expiram as empresas precisam inventar novos medicamentos ou comprá-los de concorrentes. As duas opções são caras. Mas os custos do fracasso são ainda maiores, como no caso da empresa britânica AstraZeneca, que perdeu 15% do seu valor de mercado em um único dia na última semana de julho. As notícias de resultados decepcionantes em um teste clínico causaram a perda de £10 bilhões (US$13,2 bilhões) para a empresa.
O teste consistiu em verificar se a combinação de dois medicamentos, o Imfinzi e o Tremelimumab, um remédio experimental, seria eficaz no tratamento de um determinado tipo de câncer de pulmão. Os medicamentos pertencem a uma nova categoria de “inibidores do ponto de verificação imunológico” usados no tratamento de câncer que promove a estimulação do sistema imunológico. Medicamentos semelhantes são fabricados pela Bristol Myers Squibb (BMS), pela Merck e Roche.
A imunoterapia tem dado bons resultados no tratamento contra o câncer. Porém, os inibidores imunológicos e medicamentos imunoterápicos exigem testes clínicos caros para comprovar sua eficácia. Por esse motivo, as empresas farmacêuticas que competiram ferozmente durante anos começaram a criar parcerias.
No final de julho, a Merck comprou metade dos direitos de produção e comercialização do Lynparza, um inibidor de polimérase (PARP) fabricado pela AstraZeneca em um acordo no valor de US$8,5 bilhões. O inibidor PARP, indicado para o tratamento do câncer de ovário, será desenvolvido associado a inibidores do ponto de verificação imunológico fabricados por ambas as empresas. Em janeiro deste ano, a Merck também expandiu sua colaboração com a Eli Lilly para pesquisar como o medicamento Lartruvo atuava em conjunto com o Keytruda da Merck.
Se a cooperação entre as empresas funcionar como previsto, a indústria farmacêutica terá dado dois passos importantes para garantir um futuro mais produtivo. Primeiro, terá encontrado uma maneira de criar valor para seus acionistas além da opção cara e imprevisível das fusões e aquisições.Em segundo lugar, os empreendimentos em parceria podem gerar eficiência em um setor com uma produtividade em declínio.
A fabricação de produtos farmacêuticos envolve processos químicos e físicos extremamente complexos. As mudanças na legislação, por sua vez, têm um impacto direto na produção e exigem mais agilidade e eficiência dos profissionais do setor. Portanto, a cooperação entre as empresas é fundamental para enfrentar os desafios da indústria farmacêutica em um mundo cada vez mais globalizado.The Economist
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