GRITA BRASIL

Chamem o Freud que eu quero deitar em seu divã!


Sinceramente cheguei ao ponto em que ou Freud explica, ou eu entrego a Deus, que dizem ser brasileiro, mas tá difícil de acreditar. Não em Deus, mas que ele seja brasileiro.

Como explicar para um jovem que será um eleitor em breve que, apesar de todas as provas, o Senado consiga a proeza de inocentar um senador que quase foi presidente, depois do STF ter enxergado o que muitos preferem considerar como um “não é bem assim”. Como dormir com isso? Como acordar com isso? O senador Aécio Neves é novamente senador e pode legislar livremente não em nossa causa, mas em causas próprias e de seus pares. E fica tudo por isso mesmo.

Acho que nem Freud teria uma explicação plausível para destrinchar o que se passa no consciente e subconsciente de nossos políticos, que passam por cima de qualquer princípio básico do que se espera dessa classe que hoje representa a pior espécie em nossa sociedade, que representa a sua escória. É triste ver um Senado aplaudindo e comemorando uma absolvição que só mostra o real caráter de quem faz parte dessa pocilga que é o Senado, e não muito diferente da pocilga que é o Congresso. Sem, é claro, esquecermos o Planalto.

As manobras feitas para salvar Aécio são dignas de mentes que pensam em estratégias quase que militares e que poderiam ser usadas para melhorar nosso país. Mas como não há interesse coletivo nisso, ficamos à deriva.

É triste ver nosso país tão grandioso e rico em recursos naturais e longe de catástrofes naturais afundar cada vez mais na ganância, na falta de caráter, na falta de hombridade e na falta de um verdadeiro líder que diga: “Basta”.


Mas o grande problema passa pela não aceitação de que se errou. Reconhecer erros não é fácil, especialmente quando se deve explicações para um grande número de pessoas. No caso de nossos políticos isso é latente e transparente. Eles não reconhecem seus erros, muito pelo contrário, se defendem sempre culpando terceiros pela descoberta e dizendo-se inocentes e que (sempre) se trata de um grupo de invejosos, de perseguidores ou um grupo de uma força maligna.

Pepe Mujica disse: “Não se diminuam, companheiros, amem-se muito… – mas não tanto a ponto de perdoarem as próprias cagadas.”

Ou seja, disso podemos tirar que apesar de nem se amarem tanto, em alguns casos, nossos políticos, quando o assunto é defender seus atos ilícitos, se tornam os melhores amigos e amantes, que em troca de favores perdoam-se de qualquer malfeito que tenha sido cometido, com a garantia de que poderão voltar a fazer sem que haja nada ou quase nada que os impeça.

A Lava-Jato está tentando mudar um pouco isso, mas enquanto algumas denúncias passarem ainda pelo crivo dos deputados e senadores eles irão sempre se ajudar. Arrumarão sempre um jeito de nem se comprometerem explicitamente.


E assim a vida continua.

O Aécio tá livre e no Senado, o presidente Michel Temer com quase 99% de chance irá se livrar dessa segunda denúncia, pelo menos por agora, o que irá permitir que ele chegue até o final de seu mandato, e se tudo correr como falam as pesquisas, e se realmente Lula for candidato, bem… pois é… eu sinceramente espero que dessa vez as pesquisas estejam mentindo, mas se não tiveram e se o Tribunal Superior Eleitoral considerar que Lula é candidato, então…sou capaz de matar novamente o Freud, pois ninguém, nem ele irá me convencer que o subconsciente do povo é a voz de Deus.

Pois se for, eu realmente vou ter que rever vários de meus conceitos.

Salve as baleias. Não jogue lixo no chão. E vamos começar a rezar desde já.coluna Grita Brasil

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