ECONOMIA GOOGLE BRASIL

Vem aí mais uma Black Friday

As lojas físicas também aproveitam a data e alardeiam seus descontos e vantagens (Foto: Pixabay)

No próximo dia 24, acontece a oitava edição brasileira da Black Friday, uma ação de vendas criada pelo comércio nos Estados Unidos nos anos 90, e que ocorre um dia depois do feriado de Ação de Graças – o “Thanksgiving” – comemorado naquele país na quarta quinta-feira de novembro. Enquanto a iniciativa já é considerada a data mais agitada no varejo americano – replicada também na Austrália, Canadá, Paraguai, Portugal e Reino Unido – a Black Friday brasileira ainda é marcada por episódios de maquiagem de preços e de entregas não realizadas, a ponto de receber o apelido de “Black Fraude”.

Apesar disso, para este ano, a Google Brasil aponta a expectativa de crescimento das vendas entre 15% e 20% em relação a 2016. Isso significa a injeção de aproximadamente R$ 2,2 bilhões na economia em compras feitas somente pela Internet. As lojas físicas também aproveitam a data e alardeiam seus descontos e vantagens. Ainda segundo o estudo da Google, aumentou de 61% em 2016 para 68% em 2017 o percentual de entrevistados que declararam a intenção de consumir nesta ainda nova data do varejo – sinal de que, aos poucos, ela vai se consolidando no calendário do comércio. Das 100 lojas de e-commerce que participaram da data em 2012, o número cresceu 10 vezes em 2016.

O portal BlackFriday.com.br fez um questionário online com 1.800 internautas no mês de outubro. Dos entrevistados, 59% têm intenção de gastar mais de R$ 1 mil enquanto 13% vão consumir na faixa de R$ 50. As principais formas de pagamentos serão o cartão de crédito (72%) e o boleto bancário (19%).

Os Eletrodomésticos (22%) – especialmente os televisores – são os mais procurados entre os compradores, seguidos dos Eletrônicos (20%). As Viagens e artigos de Moda aparecem em seguida com 14% cada. Os artigos de Informática têm 9% das preferências e os artigos de Casa e Decoração (5%) completam a lista.

A origem do termo e suas versões

Circulam na Internet algumas teorias sobre a utilização do termo “Sexta-feira negra”. A primeira delas revela que – ainda no século 19 – duas instituições financeiras norte-americanas, com projetos arrojados para obter grandes lucros, acabaram quebrando – justamente – no último dia útil da semana. A segunda é a de que os pequenos comércios usavam a cor vermelha para se referir aos períodos de baixo faturamento e a cor preta para os números positivos do varejo. Coincidentemente, o desempenho melhorava muito justamente a partir do Dia de Ação de Graças. Mas é provável que a denominação tenha sido dada, por acaso, pela polícia da Filadélfia, que chamava de “Black Friday” o dia seguinte do feriado – sempre marcado por grandes congestionamentos e muitas pessoas nas ruas, abrindo o período de compras de Natal.

Evitando a Black Fraude

A Black Friday já representa 3,5% do faturamento anual do comércio brasileiro, mas ainda há espaço para crescer. A Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Câmara E-net) acredita que evitar as práticas fraudulentas é o melhor caminho. Para tanto, foi criado um código de ética para a data e foi publicada uma lista de lojas regulamentadas e submetidas às normas da cláusula que repele a maquiagem de preços e também os falsos descontos. Para o consumidor, mais opções para não cair em armadilhas. Os sites comparadores de preços Buscapé e EconoVia oferecem o histórico de preços de um sem-número de produtos – monitorados nos últimos doze meses.Claudio Carneiro

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