ELEIÇÕES 2018 O TRUMP DO PINIQUIM

Bolsonaro pode ser o Trump brasileiro?

Artigo lembra que Bolsonaro fala pouco sobre o que faria caso eleito (Foto: EBC)

Um artigo publicado esta semana pela revista Economist analisa a probabilidade do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) ser eleito presidente no pleito de 2018.

Intitulado “Jair Bolsonaro hopes to be Brazil’s Donald Trump” (Jair Bolsonaro espera ser o Donald Trump brasileiro), o artigo questiona “se um demagogo de direita pode vencer as eleições do próximo ano”.

“Nacionalista, religioso e ex-capitão do exército, ele (Bolsonaro) é um anti-gay, pró-armas e defensor de ditadores que torturaram e mataram brasileiros entre 1964 e 1985. Ele concorre contra a elite política cuja venalidade foi exposta nos três anos de Operação Lava Jato”, diz o texto.

O artigo lembra que o deputado tem eleitores e cita a última pesquisa do Ibope, onde ele aparece em segundo lugar, atrás apenas no ex-presidente Lula, com possibilidade de segundo turno.

Porém, a revista afirma que tal apoio pode ser esvair rápido conforme o país se recupera da recessão e os eleitores passam prestar mais atenção ao pleito. Apesar disso, segundo o texto, o fato de Bolsonaro aparecer em segundo lugar nas pesquisas diz muito sobre a turbulência política do Brasil.

“Bolsonaro, que representa o Rio de Janeiro no Congresso, espera ser o Donald Trump brasileiro. Sua retórica é ainda mais indecorosa (que a do presidente americano). No ano passado, Bolsonaro dedicou seu voto para depor Dilma Rousseff ao chefe de tortura da ditadura Carlos Alberto Brilhante Ustra”, diz o texto, que lembra ainda o fato de Bolsonaro ter dito à deputada Maria do Rosário que não a estupraria “porque nem isso ela não merece”.

A revista também lembra que o deputado fala pouco sobre o que faria caso fosse eleito presidente e que admitiu em uma entrevista recente ter conhecimento superficial em relação à economia. De acordo com o artigo, a raiva em relação à crise econômica, a criminalidade e a corrupção estimulam o apoio a Bolsonaro.

No entanto, o artigo conclui que, apesar da fúria e da nostalgia dos tempos pré-crise, as previsões são contra o deputado. “Um terço dos brasileiros descarta votar em Bolsonaro no primeiro turno. Conforme a economia se recupera, menos estarão dispostos a apostar em um governo radical. O texto, entretanto, finaliza afirmando que a força inicial de Bolsonaro é um sinal de alerta. “Centristas devem provar que são melhores e mais preparados que os extremistas para reparar os danos políticos que causaram”, finaliza o artigo.The Economist

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