CARIBE ECONOMIA

Indústria do açúcar no Caribe está perto do fim

Quatro países do Caribe ainda produzem açúcar e os engenhos empregam mais de 40 mil pessoas (Foto: Pixabay)

No século XVIII, a região do Caribe fornecia quase todo o açúcar para o Reino Unido. Mas ao longo de 200 anos a produção diminuiu, sobretudo, depois do fim da escravidão em 1838, que eliminou a maior fonte de mão de obra dos engenhos de açúcar.

Hoje, o Caribe de língua inglesa produz menos de 0,3% da produção e exportação de açúcar do mundo. Muitas ilhas trocaram o cultivo de cana-de-açúcar por atividades mais lucrativas. Trinidad fechou sua última usina em 2007 e a receita da produção de gás natural substituiu a do açúcar.

Em 2005, St. Kitts fechou a última usina, depois que as dívidas das usinas estatais chegaram a quase um terço do PIB. Uma ferrovia que transportava cana-de-açúcar agora é usada por agências de turismo para passeios pela ilha.

Quatro países do Caribe ainda produzem açúcar e os engenhos empregam mais de 40 mil pessoas. Mas as dificuldades são inúmeras. Na Guiana, a usina de açúcar estatal tem prejuízo desde 2008 e as exportações terão uma redução de cerca de 40% este ano. O governo colocou três de suas seis usinas à venda.

A Jamaica vendeu três usinas de açúcar para uma empresa chinesa em 2011. Em Barbados, o açúcar representa apenas 0,2% das receitas cambiais, uma redução drástica, quando comparada ao equivalente a 55% em 1946. O governo pretende construir uma nova usina a um custo de US$ 270 milhões para estimular a produção de açúcar. Porém, o projeto está parado devido a um processo ambiental. Só em Belize, onde o açúcar equivale a um quarto das receitas de exportação, o setor açucareiro tem alguma perspectiva de sobrevivência lucrativa.The Economist

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