É NATAL....
Coisas que irritam no Natal
Os brasileiros ainda se sentem na obrigação de vestir as roupas nórdicas do Papai Noel no verão tropical (Foto: Flickr)
O final de ano é uma época de solidariedade sazonal. A empatia entre pessoas -egocêntricas na maior parte do ano- aumenta exponencialmente no final de dezembro. É também uma época de festas familiares, em que parentes distantes desenterram feridas do passado e reavivam antigas mágoas. Família é bom em porta-retrato. Não é à toa que os quadros de depressão aumentam no fim de ano. Sejamos honestos: apesar do clima festivo, há muito o que incomoda, do trânsito ao calor, às férias escolares ao consumismo exagerado.
O inevitável amigo oculto no ambiente de trabalho é geralmente constrangedor, colocando funcionários na desconfortável posição de presentear um estranho. O jogo de adivinhação de comprar um presente singelo para quem só se vê em luz florescente, no cubículo ao lado, é no mínimo desgastante. Por outro lado, quando adoramos e conhecemos bem nossos colegas de trabalho, presentear é uma alegria bem-vinda. A prática não deve ser forçada.
A onda politicamente correta que permeia esta época do ano toma algumas formas estranhas também. Preocupar-se em não dizer “Feliz Natal”, mas “Boas Festas” aos amigos judeus, por exemplo, é uma tentativa bem-intencionada de mostrar sensibilidade cultural, mas a simples menção ao Natal não ofende ninguém.
Além disso, é preciso uma boa dose de paciência para aturar os parentes que bebem demais no Natal e se sentem no direito de monopolizar a conversa em torno da mesa. Sem falar na chatice de ter de enviar um cartão de Natal a todos os amigos e de presentear todos os parentes.
O calor é um problema à parte no Hemisfério Sul, que não se limita ao Natal, mas quando a casa fica cheia, ele se torna ainda mais opressor. Coitados dos pobres pais e avôs obrigados a vestir a roupa nórdica do Papai Noel no calor de 40 graus. As grandes marcas deviam fazer um favor aos brasileiros, vendendo a imagem de um Papai Noel de roupas de banho. Por último, depois de todas as chatices, os bate-bocas, os presentes inúteis, as louças para lavar, ainda é preciso respirar fundo, desmontar a árvore de Natal e esperar mais uma semana para repetir quase tudo nas festas de Réveillon.The New York Times
Os brasileiros ainda se sentem na obrigação de vestir as roupas nórdicas do Papai Noel no verão tropical (Foto: Flickr)
O final de ano é uma época de solidariedade sazonal. A empatia entre pessoas -egocêntricas na maior parte do ano- aumenta exponencialmente no final de dezembro. É também uma época de festas familiares, em que parentes distantes desenterram feridas do passado e reavivam antigas mágoas. Família é bom em porta-retrato. Não é à toa que os quadros de depressão aumentam no fim de ano. Sejamos honestos: apesar do clima festivo, há muito o que incomoda, do trânsito ao calor, às férias escolares ao consumismo exagerado.
O inevitável amigo oculto no ambiente de trabalho é geralmente constrangedor, colocando funcionários na desconfortável posição de presentear um estranho. O jogo de adivinhação de comprar um presente singelo para quem só se vê em luz florescente, no cubículo ao lado, é no mínimo desgastante. Por outro lado, quando adoramos e conhecemos bem nossos colegas de trabalho, presentear é uma alegria bem-vinda. A prática não deve ser forçada.
A onda politicamente correta que permeia esta época do ano toma algumas formas estranhas também. Preocupar-se em não dizer “Feliz Natal”, mas “Boas Festas” aos amigos judeus, por exemplo, é uma tentativa bem-intencionada de mostrar sensibilidade cultural, mas a simples menção ao Natal não ofende ninguém.
Além disso, é preciso uma boa dose de paciência para aturar os parentes que bebem demais no Natal e se sentem no direito de monopolizar a conversa em torno da mesa. Sem falar na chatice de ter de enviar um cartão de Natal a todos os amigos e de presentear todos os parentes.
O calor é um problema à parte no Hemisfério Sul, que não se limita ao Natal, mas quando a casa fica cheia, ele se torna ainda mais opressor. Coitados dos pobres pais e avôs obrigados a vestir a roupa nórdica do Papai Noel no calor de 40 graus. As grandes marcas deviam fazer um favor aos brasileiros, vendendo a imagem de um Papai Noel de roupas de banho. Por último, depois de todas as chatices, os bate-bocas, os presentes inúteis, as louças para lavar, ainda é preciso respirar fundo, desmontar a árvore de Natal e esperar mais uma semana para repetir quase tudo nas festas de Réveillon.The New York Times
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