NATAL PRESENTES
Pesquisa revela mal entendidos nos presentes de Natal
Os americanos gastam US$3,2 bilhões por ano em papéis de embrulho (Foto: Pixabay)
Existe outra época do ano em que as boas intenções e os prazeres materiais convergem com tanta força como o Natal? Algumas pessoas passam dias antes do Natal embrulhando presentes. Além do presente escolhido com carinho, a beleza do papel do embrulho, com as fitas e os laços coloridos, também é uma manifestação de amor.
Mas nem sempre o presente é uma fonte de alegria, como mostra uma nova pesquisa de Nathan Novemsky e Ravi Dhar da Yale School of Management e de Uzma Khan da Universidade de Miami. O artigo, “Different comparisons for gift givers versus gift receivers: when attractive wrapping makes for worse gift experience”, baseia-se em meio século de estudos de dezenas de economistas e psicólogos, além de experimentos com centenas de pessoas de três universidades.
Para os que se preocupam com o invólucro dos presentes, o resultado da pesquisa é frustrante. Os americanos gastam US$3,2 bilhões por ano em papéis de embrulho. Porém, a beleza e a sofisticação dos papéis podem criar uma expectativa irrealista quanto ao conteúdo do presente e, em consequência, decepção em quem ganha.
O estudo também analisou o tema da felicidade. Artigos acadêmicos anteriores sobre esse assunto examinaram a tendência de algumas pessoas em depositar uma expectativa excessiva em um evento principal, o que pode provocar um sentimento de frustração. Um artigo publicado no ano 2000, por exemplo, observou que os fãs de futebol de uma faculdade achavam que a vitória do seu time seria motivo de felicidade por três dias. No entanto, esqueceram que as experiências cotidianas podem dissipar o clima de alegria em um dia.
Estudos publicados em 1995 e em 2006 mostraram que a decepção dos atletas que ganhavam medalhas de prata era maior pelo fato de ambicionarem a medalha de ouro. Já os que ganhavam medalhas de bronze sentiam-se felizes por terem se distinguido de alguma forma na competição. Em 2015, um estudo sobre a relação entre a escolha de um presente e a felicidade em recebê-lo, concluiu que os presentes especiais que refletem as características específicas dos destinatários são, em geral, uma fonte de desapontamento.
Portanto, a visão bucólica de uma noite de Natal com os presentes arrumados ao redor da árvore desaparece diante de sentimentos tão complexos provocados por equívocos e desejos frustrados. Ainda assim, os aspirantes a Papai Noel podem aprender uma lição prática que só um belo embrulho não é sinônimo de sucesso.The Economist
Existe outra época do ano em que as boas intenções e os prazeres materiais convergem com tanta força como o Natal? Algumas pessoas passam dias antes do Natal embrulhando presentes. Além do presente escolhido com carinho, a beleza do papel do embrulho, com as fitas e os laços coloridos, também é uma manifestação de amor.
Mas nem sempre o presente é uma fonte de alegria, como mostra uma nova pesquisa de Nathan Novemsky e Ravi Dhar da Yale School of Management e de Uzma Khan da Universidade de Miami. O artigo, “Different comparisons for gift givers versus gift receivers: when attractive wrapping makes for worse gift experience”, baseia-se em meio século de estudos de dezenas de economistas e psicólogos, além de experimentos com centenas de pessoas de três universidades.
Para os que se preocupam com o invólucro dos presentes, o resultado da pesquisa é frustrante. Os americanos gastam US$3,2 bilhões por ano em papéis de embrulho. Porém, a beleza e a sofisticação dos papéis podem criar uma expectativa irrealista quanto ao conteúdo do presente e, em consequência, decepção em quem ganha.
O estudo também analisou o tema da felicidade. Artigos acadêmicos anteriores sobre esse assunto examinaram a tendência de algumas pessoas em depositar uma expectativa excessiva em um evento principal, o que pode provocar um sentimento de frustração. Um artigo publicado no ano 2000, por exemplo, observou que os fãs de futebol de uma faculdade achavam que a vitória do seu time seria motivo de felicidade por três dias. No entanto, esqueceram que as experiências cotidianas podem dissipar o clima de alegria em um dia.
Estudos publicados em 1995 e em 2006 mostraram que a decepção dos atletas que ganhavam medalhas de prata era maior pelo fato de ambicionarem a medalha de ouro. Já os que ganhavam medalhas de bronze sentiam-se felizes por terem se distinguido de alguma forma na competição. Em 2015, um estudo sobre a relação entre a escolha de um presente e a felicidade em recebê-lo, concluiu que os presentes especiais que refletem as características específicas dos destinatários são, em geral, uma fonte de desapontamento.
Portanto, a visão bucólica de uma noite de Natal com os presentes arrumados ao redor da árvore desaparece diante de sentimentos tão complexos provocados por equívocos e desejos frustrados. Ainda assim, os aspirantes a Papai Noel podem aprender uma lição prática que só um belo embrulho não é sinônimo de sucesso.The Economist
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