OMS RELATÓRIO

OMS alerta para dificuldade no acesso à saúde básica

No mundo, 800 milhões de pessoas gastam mais de 10% de seus orçamentos com despesas extras de saúde (Foto: Pixabay)

Metade da população mundial não tem acesso aos serviços básicos de saúde. É o que afirma um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Banco Mundial divulgado na última quarta-feira, 13.
Segundo o documento, anualmente cerca de 100 milhões de pessoas acabam em situação de pobreza extrema por conta de despesas com a saúde.

O relatório alerta que a população mais pobre é constantemente forçada a optar pelos gastos com a saúde em detrimento de comida e educação, por exemplo. Com isso, acabam vivendo com apenas US$ 1,9 por dia. Mais de 122 milhões ao redor do mundo vivem com US$ 3,1 por dia por conta destas despesas, nível considerado como “pobreza moderada”. Para piorar, o número vem aumentando 1,5% a cada ano desde o ano 2000.

Para se ter uma ideia do problema, 800 milhões de pessoas gastam mais de 10% de seus orçamentos com despesas extras de saúde que não estão incluídas nos sistemas de saúde. As mulheres são as que mais sofrem com a falta de acessibilidade aos sistemas de saúde. Muitas não têm acesso aos serviços relacionados com a maternidade nem com a da saúde da criança.

“Cobertura de saúde universal não é apenas relativo a uma saúde melhor. A realidade é que enquanto milhões de pessoas são empobrecidas com despesas de saúde, nós não vamos alcançar o objetivo de desenvolvimento sustentável de terminar com a extrema pobreza até 2030”, diz Timothy Evans, do Banco Mundial.

Apesar da cobertura de saúde universal ser um ponto-chave dos objetivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas, ativistas alegam que sem um compromisso sólido do governo, a meta fica fora do alcance.

Segundo o relatório, a Ásia tem a maior taxa dos que estão abaixo da linha da pobreza por conta de despesas extras de saúde. Estima-se que 72% das pessoas que gastam 25% de seu orçamento com saúde vivam na Ásia. A África, por sua vez, tem visto o número de pessoas que gastam pelo menos 10% de seu orçamento com saúde crescer rapidamente.

No entanto, o problema da acessibilidade ao sistema de saúde não está limitado aos países em desenvolvimento. Na Europa, em partes da Ásia e na América Latina, em lugares com altos níveis de acessibilidade ao sistema de saúde, mais pessoas estão gastando pelo menos 10% de seus orçamentos com despesas de saúde.The Guardian

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