MEIO AMBIENTE VALE

Vale terá que reparar danos ambientais em terra quilombola

A Vale causou o assoreamento de rios e igarapés e o enfraquecimento do solo na localidade (Foto: Divulgação)

A Justiça Federal condenou a mineradora Vale na última segunda-feira, 15, por ter causado danos ambientais a um território quilombola em Moju, no nordeste do Pará. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a empresa causou problemas ambientais, como o assoreamento de rios e igarapés e o enfraquecimento do solo na localidade.

De acordo com a decisão judicial, a Vale precisará implementar uma iniciativa de geração de renda para as famílias atingidas, além de pagar uma compensação financeira de dois salários mínimos mensais até que o projeto esteja pronto para começar.

Em nota, o MPF informou que vai recorrer da decisão da Justiça, para que sejam beneficiadas todas as 788 famílias da região que foram afetadas, não somente as que já foram incluídas na sentença. A Vale disse que ainda não vai se manifestar, pois não foi intimada até o momento.

Sepetiba

O MPF do Rio de Janeiro recomendou, também na última segunda-feira, a suspensão da dragagem de manutenção em um terminal de minério de ferro mantido pela Companhia Portuária Baía de Sepetiba (CPBS), subsidiária da Vale, em Sepetiba. Na Baía de Sepetiba, um vírus levou quase 200 botos-cinza a morte.

De acordo com o MPF, o ruído da dragagem pode estressar os botos-cinza, aumentando a suscetibilidade dos animais às toxinas. Segundo o órgão, o risco em Sepetiba é alto por indústrias terem usado a baía por décadas como destino final de líquidos e sólidos ricos em metais pesados, prejudicando o ecossistema. Em novembro de 2017, foi registrado um surto do vírus “morbilivírus” na região, comprometendo a imunidade dos botos.

O terminal de Itaguaí, localizado no Porto de Sepetiba, é usado pela Vale também para movimentar minério de ferro. De acordo com o MPF, a CPBS e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) tem 72 horas para responder se cumprirão a recomendação de suspensão da dragagem de modo espontâneo.

Um laboratório especializado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) emitiu um parecer explicando que a única forma de recuperação da população de botos é o desenvolvimento de uma imunidade ao vírus.O Globo

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