A. LATINA REFUGIADOS

Acnur oferece mais ajuda à A. Latina perante crescente fluxo de refugiados

Imagem do titular do Alto Comisionado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), o italiano Filippo Grandi. EFE/Joédson Alves

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Filippo Grandi, ofereceu nesta segunda-feira uma maior cooperação aos países da América Latina e do Caribe frente ao que qualificou de "crescente" fluxo de refugiados na região.

Grandi inaugurou em Brasília um encontro regional sobre um drama que se propaga no mundo e que na América Latina e no Caribe tem há anos uma maior expressão em casos da América Central e da Colômbia, aos quais se somou agora o êxodo de venezuelanos que fogem da crise no país.

O titular do Acnur não citou nenhuma situação específica, mas disse que na América Latina, assim como em outras regiões do mundo, "todos os dias milhares de pessoas, mulheres, homens, crianças, tomam a decisão mais difícil de suas vidas, saem de suas casas e deixam para trás seus países, devido aos conflitos" de diversas naturezas.

Grandi avaliou a forma como os países da América Latina e do Caribe "enfrentaram e enfrentam" essas situações, ressaltou que o Acnur "responde às suas solicitações" e ofereceu uma cooperação ainda mais estreita frente a um "crescente" fluxo de refugiados que, embora não tenha identificado, "representa um grande desafio".

Na abertura da conferência, que servirá para preparar a contribuição regional para o Pacto Global sobre Refugiados, que é debatido no âmbito das Nações Unidas, participou também o chanceler brasileiro, Aloysio Nunes, que se referiu à "crise humanitária" na Venezuela e à sua repercussão regional e no Brasil.

Segundo o Acnur, cerca de 133 mil venezuelanos solicitaram refúgio em outros países entre 2014 e 2017 e a eles foram agregados outros 363 mil que se acolheram a outras "alternativas legais", que são oferecidas especialmente por países latino-americanos.

Cerca de 40 mil chegaram ao estado de Roraima, um dos mais pobres do país e fronteiriço com a Venezuela, que segundo disse Nunes "não fechou e nem fechará as portas aos venezuelanos" ainda quando não está em condições financeiras de atender essa crise.

O ministro explicou que o Governo Federal ofereceu auxilio a Roraima e que também promove planos para receber os imigrantes venezuelanos e facilitar tanto a documentação como o acesso aos serviços de atendimento público e ao mercado de trabalho, tanto nesse estado fronteiriço como em outras regiões do país.

"Falar do drama dos refugiados é falar de conflitos, de ditaduras, de destruição de modos de vida, mas também é falar de solidariedade, humanidade e respeito" e "isso é o que os refugiados encontram no Brasil", declarou o chanceler.

Segundo Nunes, essas "boas práticas" em matéria humanitária, são uma das "maiores contribuições" da América Latina e do Caribe ao debate internacional sobre essa matéria e deverão fazer parte do Pacto Global sobre Refugiados, que o Acnur propõe levar à Assembleia Geral da ONU neste mesmo ano.EFE

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