CASO SAMSUNG

Libertação de herdeiro da Samsung enfurece sul-coreanos

A conclusão do tribunal foi que Jae-yong foi coagido a entregar propina a Park (Foto: Reprodução/ Youtube)

A máxima de que alguém é inocente quando se é rico e de que é culpado quando se é pobre está em alta na Coreia do Sul, desde a suspensão da prisão do herdeiro da Samsung, Lee Jae-yong. Ele havia sido preso por subornar a ex-presidente, Park Geun-hye, e sua confidente Choi Soon-sil.

Mas sua pena inicial de cinco anos foi reduzida pela metade, a ser cumprida em regime aberto, depois que o tribunal entrou com recurso. Outros executivos também foram liberados e vão cumprir a pena em regime aberto.

A conclusão do tribunal foi que Jae-yong foi coagido a entregar propina a Park. Procuradores o acusaram de pagar US$ 28 milhões, incluindo comprar cavalos para filha de Choi e fazer várias doações para suas fundações esportivas. No final, apenas os cavalos foram reconhecidos como suborno. Apesar de Jae-yong ter se beneficiado por ter dado o dinheiro, o juiz diz que não há evidência o suficiente para provar a troca de favores.

A redução de pena em regime aberto é tão comum em casos como este, que eles são chamados de “regra do 3,5”. Isto também ocorreu com os executivos da Hyundai, da Korean Air e até com o pai de Jae-yong, Lee Kun-heen, diretor da Samsung, que ficou incapacitado por conta de um ataque cardíaco em 2014. Em 2009, ele foi perdoado por renegar imposto e desviar verbas. Nesta semana, entretanto, a polícia sul-coreana diz que ele pode enfrentar novas acusações pela evasão de impostos.

Fora dos tribunais, as pessoas estão irritadas. Uma petição online pedindo uma investigação sobre a parcialidade do tribunal já recebeu 212 mil assinaturas em três dias. Segundo Choi, isso pode ameaçar a independência do Judiciário sul-coreano, “mas você pode ver o motivo pelo qual as pessoas estão com raiva”. Agora, elas precisam confiar no presidente Moon Jae-in, que prometeu acabar com a colaboração entre empresas e políticos. Um julgamento final ainda vai ocorrer na Suprema Corte, mas muitos acreditam que a pena será mantida.The Economist

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