ISRAEL CORRUPÇÃO

Polícia investigará Netanyahu por suposto caso de corrupção, aponta imprensa

EFE/ Abir Sultan

A polícia investigará o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, no Caso 4000 ou Caso Bezeq, pela sua relação com o dono dessa empresa de telecomunicações, Shaul Elovitch, perante suspeitas de uma suposta troca de favores, informou neste sábado a imprensa local.

Poucos dias depois que a polícia recomendou o indiciamento de Netanyahu nos casos de corrupção conhecidos como 1000 e 2000 (por suborno, fraude e abuso de confiança), a Autoridade de Valores de Israel finalizou sua investigação no caso Bezeq, que passou para as mãos da polícia, informou hoje o site "Ynet".

O informativo afirmou ontem à noite que houve "dramáticos" avanços na investigação, que tenta entender se Elovitch, o maior acionista do gigante das telecomunicações israelense Bezeq e dono do popular site de notícias "Walla", exigiu aos seus subordinados uma cobertura noticiosa de Netanyahu favorável em troca de benefícios para a Bezeq.

O diretor-geral do Ministério de Comunicações, Shlomo Filber, já foi acusado de permitir a compra pela Bezeq, de modo ilícito, de ações da companhia fornecedora de conteúdos por satélite YES.

Filber foi uma escolha direta de Netanyahu, que naquela época era também ministro de Comunicações.

Netanyahu até então não era suspeito no caso, mas Hadashot apontou ontem à noite que a investigação trará "surpresas" e que aparentemente é o caso "mais forte" de todos os que há contra ele por enquanto.

O jornal "Haaretz" informou hoje que o "Caso 4000 tem todos os elementos dos Casos 1000 e 2000, só que intensificados".

Esse jornal mostrou provas de práticas ilegais, com testemunhas e correspondências entre os atores principais do caso, muitos próximos a Netanyahu, e indicou que a cobertura favorável ao governante e, especialmente, à sua esposa Sara, demonstra que existem provas circunstanciais de que ambas as partes, os políticos e o empresário, se beneficiaram desta relação.

É esperado que uma das testemunhas principais seja Ilan Yeshua, diretor-geral do Walla e supostamente o encarregado de mudar a cobertura a favor dos Netanyahu, censurando notícias críticas e dando prioridade às que saíam do escritório do premiê.

Segundo informou hoje o site "The Times of Israel", Yeshua disse aos seus funcionários em mais de uma ocasião que no fundo achava que Netanyahu estava destruindo o país, mas que não tinha outro caminho do que enaltecer o premiê porque eram as ordens de seu chefe.EFE

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