AUSTRÁLIA HISTÓRIA
Chegada de aborígenes a Austrália não foi "acidental", diz estudo
Aborígenes em foto de janeiro de 2018. EFE/BRENDAN ESPOSITO
Os primeiros aborígenes da Austrália não chegaram a esse território por acidente há cerca de 50 mil anos, a jornada foi parte de uma migração em grande escala liderada por pessoas que entendiam das técnicas marítimas, revelou um estudo divulgado nesta segunda-feira.
Os pesquisadores utilizaram mapas do fundo do mar, técnicas de simulação marítima e informação genética para recriar a viagem dos primeiros habitantes da Oceania, conforme um comunicado da Universidade James Cook (JCU) que participou do estudo. Os estudiosos simularam centenas de viagens para traçar as prováveis rotas das embarcações que teriam saído de três possíveis pontos na ilha Timor e da ilha Roti, na Indonésia, levando em conta fatores como vento, correntes marítimas e o formas de remar.
"O nosso resultado mostra que a colonização na Austrália não foi um acidente. A deriva acidental foi um elemento improvável no sucesso da viagem e para a chegada na agora costa submersa do noroeste (da Austrália). Foi uma viagem realizada em embarcações", disse Michael Bird, geólogo da UJC e líder da investigação.
O estudo fornece novas evidências de que os primeiros aborígenes que colonizaram a região há mais 50 mil anos fizeram isso através de uma viagem marítima planejada e coordenada. Os resultados genéticos, além disso, sugerem que até 200 pessoas fizeram a viagem através de uma rede de mais de 100 ilhas habitáveis, e que atualmente estão submersas, perto do litoral de Kimberley, no norte da Austrália.
Sean Ulm, arqueólogo e vice-diretor do Conselho Australiano de Pesquisa da Biodiversidade e Patrimônio, que participou do estudo publicado na revista acadêmica "Quaternary Science Reviews", disse que esta revelação implica repensar as capacidades marítimas dos primeiros moradores da Austrália.
"As viagens intencionais nesta escala se baseavam em capacidades cognitivas, linguísticas, simbólicas e demandavam técnicas avançadas. Foi preciso a construção de embarcações e de tecnologias de navegação, assim como o planejamento e a troca de informação antes de dar início a uma viagem em mar aberto de até uma semana de duração", disse Ulm.EFE
Os primeiros aborígenes da Austrália não chegaram a esse território por acidente há cerca de 50 mil anos, a jornada foi parte de uma migração em grande escala liderada por pessoas que entendiam das técnicas marítimas, revelou um estudo divulgado nesta segunda-feira.
Os pesquisadores utilizaram mapas do fundo do mar, técnicas de simulação marítima e informação genética para recriar a viagem dos primeiros habitantes da Oceania, conforme um comunicado da Universidade James Cook (JCU) que participou do estudo. Os estudiosos simularam centenas de viagens para traçar as prováveis rotas das embarcações que teriam saído de três possíveis pontos na ilha Timor e da ilha Roti, na Indonésia, levando em conta fatores como vento, correntes marítimas e o formas de remar.
"O nosso resultado mostra que a colonização na Austrália não foi um acidente. A deriva acidental foi um elemento improvável no sucesso da viagem e para a chegada na agora costa submersa do noroeste (da Austrália). Foi uma viagem realizada em embarcações", disse Michael Bird, geólogo da UJC e líder da investigação.
O estudo fornece novas evidências de que os primeiros aborígenes que colonizaram a região há mais 50 mil anos fizeram isso através de uma viagem marítima planejada e coordenada. Os resultados genéticos, além disso, sugerem que até 200 pessoas fizeram a viagem através de uma rede de mais de 100 ilhas habitáveis, e que atualmente estão submersas, perto do litoral de Kimberley, no norte da Austrália.
Sean Ulm, arqueólogo e vice-diretor do Conselho Australiano de Pesquisa da Biodiversidade e Patrimônio, que participou do estudo publicado na revista acadêmica "Quaternary Science Reviews", disse que esta revelação implica repensar as capacidades marítimas dos primeiros moradores da Austrália.
"As viagens intencionais nesta escala se baseavam em capacidades cognitivas, linguísticas, simbólicas e demandavam técnicas avançadas. Foi preciso a construção de embarcações e de tecnologias de navegação, assim como o planejamento e a troca de informação antes de dar início a uma viagem em mar aberto de até uma semana de duração", disse Ulm.EFE
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