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Trump limita capacidade da Venezuela para vender dívida e ativos nos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. EFE/Andrew Harrer/POOL

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs nesta segunda-feira novas sanções contra o governo da Venezuela, ao assinar uma ordem executiva que limita a venda de dívida e ativos públicos do Executivo de Nicolás Maduro em território americano.

O governo americano tomou esta decisão após as eleições presidenciais deste domingo, às quais qualificaram como "farsa" e nas quais Maduro foi reeleito com 6,1 milhões de votos, embora registrando uma das participações mais baixas em décadas.

Em uma conferência telefônica com jornalistas, funcionários do governo Trump explicaram que estas ações pretendem impedir que Maduro venda ativos públicos venezuelanos em troca de subornos.

"A ordem executiva de hoje fecha outra via de corrupção que observamos que é usada: nega aos funcionários venezuelanos corruptos a capacidade de avaliar indevidamente e vender ativos públicos em troca de subornos", detalharam essas fontes.

Desta forma, a ordem executiva proíbe a qualquer cidadão, instituição ou empresa americana adquirir dívida venezuelana ou ativos e propriedades pertencentes ao governo da Venezuela nos Estados Unidos, incluindo aqueles investimentos derivados da estatal Petróleos da Venezuela S.A. (PDVSA).

O objetivo é aumentar a pressão sobre o regime de Maduro, que também teve limitada sua capacidade de obter liquidez, incluindo as contas a cobrar, do governo venezuelano como da PDVSA e do Banco Central Venezuelano.

No entanto, as sanções não atacam diretamente as transações petrolíferas da Venezuela, razão pela qual os EUA não colocam impedimentos a que o petróleo venezuelano continue sendo comercializado no país.

Mesmo assim, segundo indicaram os funcionários, os Estados Unidos "continuam mantendo todas as opções de resposta" perante a situação da Venezuela, "inclusive a opção militar", e está coordenando ativamente uma ação conjunta com os 14 países-membros do Grupo de Lima.

Minutos antes das novas sanções, o vice-presidente Mike Pence antecipou que o governo Trump tomaria medidas sobre o assunto e qualificou as eleições venezuelanos como uma "farsa".

"A eleição da Venezuela foi uma farsa. Os Estados Unidos estão CONTRA a ditadura e COM o povo da Venezuela pedindo eleições livres e justas", escreveu Pence em sua conta no Twitter.

"Os EUA não ficarão de braços cruzados enquanto a Venezuela desaba", acrescentou.

Em um comunicado paralelo, Pence reforçou que o resultado eleitoral, com a reeleição do atual presidente Nicolás Maduro, é "ilegítimo" e "um golpe a mais na orgulhosa tradição democrática da Venezuela".

"Todos os dias, milhares de venezuelanos fogem da opressão brutal e da pobreza extrema. (...) O regime de Maduro deve permitir a ajuda humanitária na Venezuela e deve permitir que sua gente seja escutada", reiterou o vice-presidente americano.EFE

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