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Reino Unido lança estratégia para combater ameaças desde o espaço

Gavin Williamson em foto de abril de 2018. EPA/ANDY RAIN

O Reino Unido ampliará o número de soldados militares dedicados a combater "as crescentes ameaças desde o espaço", anunciou nesta segunda-feira o ministro conservador de Defesa, Gavin Williamson.

Na apresentação da nova Estratégia de Defesa Espacial, Williamson explicou que aumentará até em 600 pessoas, em cinco anos, o número de funcionários destinados a este setor, que serão supervisionados pela Real Força Aérea (RAF).

O departamento de segurança espacial será responsável por detectar as possíveis ameaças, como "o colapso de satélites civis usados por emissoras ou de satélites de navegação que apoiam os soldados militares", disse.

Além disso, analisará a contribuição que o Reino Unido faz ao projeto Galileo da União Europeia (UE) - que iniciará satélites civis e militares -, e estudará "os possíveis benefícios para as empresas britânicas" que este país desenvolva sua própria rede de satélites, apontou o ministro.

"É essencial proteger nossos interesses e nossos ativos de adversários potenciais que querem provocar o máximo caos e nos causar prejuízo", declarou.

"A tecnologia de satélite não é só uma ferramenta crucial para as nossas Forças Armadas, é também vital para o nosso estilo de vida, seja o acesso ao telefone celular, internet ou à televisão", acrescentou.

Na semana passada, o secretário de Estado de Ciência do Reino Unido, Sam Gyimah, revelou que o Governo de Londres estuda a possibilidade de desenvolver sua própria rede de satélites de localização se a saída da UE lhe deixar fora de áreas fundamentais do projeto comunitário Galileo.

Galileo contará com um serviço civil que será utilizado em navegação e telecomunicações, entre outros âmbitos, e um militar, batizado como Serviço Público Regulado (PRS, em inglês), que estará encriptado e terá fins militares e de segurança.

Bruxelas advertiu a Londres que, uma vez que deixe a UE, pode perder acesso a essa área restrita do Galileo, apesar de o Reino Unido ter investido cerca de 1,4 bilhão de euros no projeto desde 2003.EFE

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