TENTATIVA DE HOMICÍDIO

Ex-espião russo recebe alta de hospital após envenenamento

A casa de Sergei continua interditada como cena de crime (Foto: Facebook/Yulia Skripal)

O ex-espião russo Sergei Skripal, que em 4 de março deste ano foi envenenado por meio de um agente nervoso, recebeu alta de um hospital de Salisbury, no Reino Unido, onde estava internado. A informação foi dada por autoridades de saúde.

A saída de Skripal segue a de sua filha, Yulia, e do detetive Nick Bailey, que também foram expostos ao agente nervoso em março. Pai e filha foram levados para um lugar secreto e não está claro se eles estão juntos. Bailey foi um dos primeiros policiais a atender o chamado e acabou sendo também exposto ao agente nervoso.

A chefe executiva do hospital, Cara Charles-Barks, disse que a rápida alta dos três se deve ao esforço, competência e profissionalismo da equipe do hospital. Yulia recebeu alta no mês passado, mas os médicos ressaltaram que o tratamento iria continuar. A saída do hospital de Yulia ocorreu quase três semanas depois da de Bailey.

A polícia antiterrorismo, que continua a liderar a investigação criminal, disse que não vai discutir as medidas de segurança sob as quais os Skripals estão submetidos.

A casa de Sergei continua interditada como cena de crime. Detetives e a Polícia Metropolitana de Londres acham que os Skripals entraram pela primeira vez em contato com o agente nervoso na casa de Sergei. No final de março, a polícia identificou a maior concentração do agente nervoso na porta principal da casa.

Relembre o caso

Sergei Skripal é um antigo coronel de espionagem militar russa, que foi condenado a 13 anos de prisão pelo crime de alta traição, sendo acusado de ter colaborado com a espionagem britânica do MI6 durante os anos 1990.

Em 2010, ele foi libertado em uma troca com espiões russos presos nos Estados Unidos. Após deixar a prisão, Skripal foi para o Reino Unido, onde estabeleceu uma vida aparentemente tranquila em Salisbury, até a tentativa de homicídio ocorrida no início de março.

Em 4 de março, pai e filha foram encontrados desmaiados num banco perto de um parque da cidade de Salisbury. Yulia, de 33 anos, estava visitando seu pai no dia do ataque. Os dois foram envenenados com um agente nervoso do tipo Novichok, uma invenção soviética.

O Reino Unido acusa a Rússia de ser responsável pelo ataque. Moscou, por sua vez, nega as acusações. Após o ataque, o Reino Unido expulsou 23 diplomatas russos. Vários países ocidentais, como Estados Unidos e Alemanha, apoiaram o país e também expulsaram diplomatas russos. Em represália, a Rússia expulsou diplomatas ocidentais. No total, a onda de expulsões afetou 300 diplomatas.The Guardian

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