VENEZUELA ELEIÇÕES 3

Frente opositora afirma que participação nas eleições da Venezuela é de 12%

O deputado e porta-voz da Frente Ampla Venezuela Livre, José Manuel Olivares. EFE/Miguel Gutiérrez

A Frente Ampla Venezuela Livre, um dos grupos de oposição ao governo do país, afirmou que a participação nas eleições presidenciais deste domingo é de apenas 12% e denunciou a presença de aliados do chavismo em 85% das seções eleitorais, o que viola um acordo firmado entre os candidatos antes do pleito.

"A participação de 12% mostra que não há ninguém nas seções eleitorais, que não há nenhum tipo de participação", afirmou o deputado Jose Manuel Olivares.

Segundo o deputado do Primeiro Justiça (PJ), o cálculo é feito a partir de um sistema de dados do grupo em nível nacional. A Frente Ampla também tem pessoas em algumas seções e um registro da votação.

"É menos da metade da participação esperada em processos anteriores. Isso é um relato importante para que todos nos preparemos para o que estão montando para esta noite. Para o show que pretendem fazer", explicou o deputado.

Olivares agradeceu aos venezuelanos que decidiram não participar da eleição por serem coerentes em deslegitimar Maduro.

Os principais partidos da oposição, reunidos na coalizão Mesa da Unidade Democrática (MUD), decidiram não participar do pleito por considerá-lo fraudulento. Por isso, eles decidiram boicotar e não reconhecer o resultado das eleições, um movimento apoiado por vários países, entre eles os Estados Unidos.

O deputado também denunciou a instalação dos chamados "pontos vermelhos", tendas com aliados do chavismo perto das seções eleitorais. Segundo Olivares, em 85% delas há simpatizantes governistas, o que viola os acordos pré-eleitorais.

"Há coação, há ameaças. Obrigam o cidadão a assinar uma lista e a perder sua dignidade. Novamente vemos que o governo segue sem cumprir sua palavra, segue zombando, uma das razões pelas quais não estamos neste processo", afirmou o parlamentar.

Olivares também disse que há uma média de 70% de voto assistido, o que, para ele, "viola o direito ao voto". Na Venezuela, as regras eleitorais só permitem que o eleitor seja ajudado na hora da votação em caso de dificuldade física ou se é idosa.

Os 20,5 milhões de venezuelanos aptos a votar hoje escolhem entre o atual presidente, Nicolás Maduro, o ex-governador de Lara Henri Fálcon, o ex-pastor evangélico Javier Bertucci e o engenheiro Reinaldo Quijada.EFE

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A surpreendente cratera de Xico

Por que não enxergamos estrelas verdes ou roxas?

Egípcia posa nua em blog e provoca indignação